As fortes chuvas na Coreia do Sul mataram pelo menos mais duas pessoas neste domingo (20), elevando para 14 o número de mortos em cinco dias de temporais no país asiático, afirmou o Ministério do Interior. O número pode aumentar, já que ainda há 12 desaparecidos.
As vítimas deste domingo são da cidade turística de Gapyeong, a 70 km de Seul, onde um deslizamento de terra engoliu casas e uma enchente arrastou veículos. Quase 170 milímetros de chuva caíram durante a manhã na região após os temporais, que haviam atingido partes do sul do país, avançarem para o norte durante a noite.
De acordo com a agência de notícias Yonhap, uma mulher de 70 anos morreu quando sua casa desabou em um barranco, e o corpo de um homem de 40 anos foi encontrado perto de uma ponte.
Com isso, o número total de mortos nos cinco dias de chuvas torrenciais agora chega a 14, segundo dados oficiais, a maioria em Sancheong, onde quase 800 milímetros de chuva caíram desde quarta-feira (16). Segundo o governo, a chuva deve parar no domingo e ser seguida por uma onda de calor.
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A Coreia do Sul costuma estar preparada para as chuvas de monções em julho, mas, nesta semana, o sul do país foi atingido por temporais particularmente fortes —alguns dos mais intensos já registrados, de acordo com dados meteorológicos oficiais.
Segundo pesquisas, o aquecimento global tornou eventos climáticos extremos mais intensos e frequentes em todo o mundo.
Dados da Organização Meteorológica Mundial (OMM), por exemplo, a agência da ONU para questões do clima, indicam que secas, enchentes, deslizamentos de terra, tempestades e incêndios mais do que triplicaram ao longo dos últimos 50 anos em consequência do aquecimento global.
Outro órgão ligado à ONU, o IPCC (Painel Intergovernamental para a Mudança Climática), já afirmou em relatório que hoje é inequívoco que parte dessas mudanças foi causada pela ação humana.