Premiê japonês deve perder maioria no Parlamento, mostra boca de urna

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Pesquisas de boca de urna divulgadas neste domingo (20) no final da eleição para a Câmara Alta do Parlamento do Japão, equivalente ao Senado no Brasil, indicam que a coalizão governista não deve alcançar as 50 cadeiras necessárias para manter a maioria na Casa.

Segundo o levantamento da rede NHK, a votação do Partido Liberal Democrático (PLD), do primeiro-ministro Shigeru Ishiba e seu aliado Komeito, alcançou de 32 a 51 cadeiras. O jornal Yomiuri Shimbun divulgou resultado semelhante.

Caso o resultado se confirme, Ishiba sai enfraquecido do pleito, mas é improvável uma queda do governo. Ele pode convidar um ou mais partidos para se integrarem à sua base ou manter-se minoritário, com a justificativa de que não é hora de mudar a composição, em meio às negociações sobre tarifas com os Estados Unidos.

Analistas do banco UBS, por outro lado, projetam que um governo enfraquecido pode resultar até mesmo na ausência de um acordo tarifário. Ishiba já havia perdido a maioria na Câmara Baixa em outubro, quando precisou negociar a coalizão com o Komeito.

Entre os temas que pesaram contra seu governo no pleito, os principais teriam sido a inflação, marcada por escassez e alta no preço do arroz, e a política de imigração, que levou ao questionamento do número de estrangeiros no país, explorada por opositores na campanha.

A Câmara Alta tem 248 cadeiras, mas estavam em disputa apenas 125. A apuração começou imediatamente após as 20h (8h no Brasil) e os resultados devem sair no final da noite, com a apuração sendo retomada na manhã de segunda-feira (noite de domingo no Brasil).

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