Espionados durante o governo Jair Bolsonaro (PL), sindicalistas de Furnas querem que a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) forneça todos os documentos produzidos sobre eles.
Os servidores Victor Costa, Felipe Araújo e Leonardo Pessoa apresentaram o pedido à Polícia Federal, que investigou e elaborou relatório sobre como agiu a "Abin paralela".
Segundo a investigação, os servidores, críticos da privatização da Eletrobras, eram chamados de "mais vermelhos que sangue" pela agência.
À época, a espionagem foi conduzida pelo ex-diretor-geral da Abin e hoje deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).
"É inaceitável que num estado democrático de direito agentes do Estado espionem a vida particular de um cidadão para criar algum tipo de constrangimento político ou ideológico", afirma Cláudio Pereira de Souza Neto, advogado dos sindicalistas.