Um dos ex-advogados de Jeffrey Epstein pediu neste domingo (20) que o Departamento de Justiça dos Estados Unidos libere registros investigativos adicionais da investigação relacionada ao tráfico sexual. Ele também instou o governo a conceder imunidade à ex-namorada do magnata, Ghislaine Maxwell, para que ela testemunhe sobre os crimes.
Em entrevista ao Fox News Sunday, Alan Dershowitz disse que as transcrições do grande júri, cuja liberação a secretária de Justiça Pam Bondi pediu na sexta-feira (18) a um juiz federal, não conteriam os tipos de informações buscadas pelos apoiadores do presidente Donald Trump, incluindo os nomes dos clientes de Epstein.
"Eu vi alguns desses materiais. Há, por exemplo, um relatório do FBI de entrevistas com supostas vítimas em que pelo menos uma das delas nomeia pessoas muito importantes", disse Dershowitz, acrescentando que esses nomes foram censurados. Segundo ele, as informações cuja liberação não foi pedida por Bondi seriam "muito mais informativas e muito mais relevantes".
Os apoiadores de Trump têm feito cada vez mais pressão para que o presidente libere informações adicionais relacionadas à investigação do governo sobre Jeffrey Epstein, acusado de tráfico de pessoas e abuso sexual de menores de idade, e morto na prisão em 2019, enquanto aguardava julgamento.
No início do ano, Bondi prometeu que o departamento liberaria materiais adicionais, incluindo "muitos nomes" e "muitos registros de voos", mas órgão recuou na promessa no início deste mês, após divulgar um memorando conjunto com o FBI que jogou água fria em teorias da conspiração de longa data, afirmando que não havia "nenhuma lista incriminadora de clientes".
O memorando também apoiou uma investigação anterior do FBI que concluiu que Epstein morreu por suicídio, não por assassinato em sua cela. A secretária de Justila e ao diretor do FBI, Kash Patel, têm lidado com a reação negativa dos apoiadores de Trump desde que o memorando foi emitido.