O Ministério do Desenvolvimento Agrário rebateu nesta segunda-feira (21) uma carta divulgada pelo MST em que cobra diretamente do presidente Luiz Inácio Lula da Silva agilidade na reforma agrária.
"Ao contrário do que diz a carta do MST, a reforma agrária no Brasil retomou o ritmo dos dois primeiros governos do presidente Lula", diz a pasta comandada pelo ministro Paulo Teixeira.
Como antecipou o Painel, o movimento sem-terra decidiu iniciar uma campanha para cobrar Lula sobre o tema, fazendo uma ligação entre a soberania nacional, que estaria sendo ameaçada por Donald Trump, e o conceito de soberania alimentar. O mote da "jornada", como afirma o MST, é "Lula, cadê a reforma agrária?"
Segundo o ministério, em 2025 foram obtidos e disponibilizados 13.944 novos lotes para assentamentos, número comparável aos dos dois primeiros governos Lula. A previsão é que até o final do ano todas as famílias beneficiadas estejam homologadas em suas propriedades.
A pasta diz ainda que desde 2023 foram obtidos 17.297 lotes e gasto R$ 1,1 bilhão na aquisição de terras.
"A meta é criar 30 mil novos lotes ainda em 2025 e 60 mil até o final do mandato, o que representa metade de todas as 120 mil famílias acampadas em todo o Brasil", afirma.
O ministério afirma também que não se justificam as críticas em relação a suposta falta de recursos para programas da reforma agrária.
Segundo dados do governo, o Programa de Aquisição de Alimentos saltou de R$ 90 mil em 2022 para R$ 1,2 bilhão, enquanto os recursos do Pronaf cresceram 47%.
"Respeitamos o papel dos movimentos sociais de reivindicar mas a verdade é que o governo Lula 3 caminha para bater recordes históricos na reforma agrária", afirma o ministério.