Palestino-americano é morto por colonos israelenses na Cisjordânia, diz governo da Autoridade Palestina

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Um homem palestino com cidadania americana foi morto por colonos israelenses na Cisjordânia na noite de sexta-feira (11), segundo o Ministério da Saúde da Autoridade Palestina, que governa parcialmente o território ocupado por Israel. Sayafollah Musallet, 20 anos, teria sido espancado até a morte.

O episódio ocorreu em Sinjil, ao norte de Ramallah, e deixou mais um morto e feridos. Hussein Al-Shalabi, 23 anos, levou um tiro e não resistiu.

A família de Musallet, conhecido como Saif, é de Tampa, no estado da Flórida, e disse em um comunicado que ele morreu antes de chegar ao hospital.

"Esse é um pesadelo inimaginável e uma injustiça que nenhuma família deveria enfrentar. Exigimos que o Departamento de Estado [dos EUA] conduza uma investigação imediata e responsabilize por seus crimes os colonos israelenses que mataram Saif", afirmaram os familiares.

Um porta-voz do Departamento de Estado disse na sexta que estava ciente do incidente, mas que o departamento não comentaria mais "por respeito à privacidade da família e entes queridos" da vítima.

O Exército israelense afirmou que está investigando o episódio e que um confronto entre palestinos e colonos eclodiu depois que palestinos atiraram pedras em israelenses.

Segundo as Forças Armadas, agentes foram enviados ao local e usaram armas não letais para dispersar a multidão.

Grupos de direitos humanos denunciam que a violência por parte de colonos judeus na Cisjordânia aumentou desde o início da guerra de Israel contra o grupo terrorista Hamas em Gaza em outubro de 2023. Dezenas de israelenses também foram mortos em ataques nos últimos anos.

O presidente dos EUA, Donald Trump, revogou em janeiro sanções impostas pelo governo de seu antecessor, Joe Biden, a colonos israelenses acusados de envolvimento em violência contra palestinos na Cisjordânia.

Os assentamentos judaicos são ilegais de acordo com a lei internacional, mas estimulados pelo governo israelense e protegidos pelas Força Armadas de Tel Aviv com o objetivo implícito de inviabilizar uma solução de dois Estados —hoje, estima-se que 450 mil colonos israelenses vivam no território palestino.

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Uma vez que a Cisjordânia está sob administração militar de Tel Aviv, mas os cidadãos israelenses nos assentamentos são regidos pela lei civil, a existência desses povoados é um dos argumentos utilizados por ativistas e especialistas que acusam Israel de apartheid contra a população palestina.

Israel contesta essa afirmação, citando vínculos históricos com a terra, que foi capturada na guerra do Oriente Médio de 1967. A Cisjordânia está entre os territórios que os palestinos reivindicam para formar um Estado independente.

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