Prefeito irmão de senador de MG recomenda suplemento considerado irregular pela Anvisa

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O prefeito de Divinópolis (MG), Gleidson Azevedo (Novo), irmão gêmeo do senador Cleitinho Azevedo (Republicanos), aparece em um vídeo nas redes sociais promovendo um suplemento que não tem registro na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

O produto Monjaslim promete emagrecimento, como a perda de sete quilos em até 30 dias, algo considerado irregular pela Anvisa, que afirma que suplementos são proibidos de estar associados a finalidade medicamentosa ou terapêutica.

A agência também afirmou que não há registro de suplemento com o nome Monjaslim e suas variações.

"Tem muita gente me perguntando: ‘prefeito, você emagreceu demais, usou Ozempic, Mounjaro [medicamentos indicados para a perda de peso]’? Ninguém vê a hora que a gente acorda e vê as atividades físicas. Mas o que me ajudou muito a emagrecer foi o suplemento Monjaslim, que é 100% natural", diz Gleidson.

O vídeo foi divulgado nas redes sociais pela página "Divinópolis Urgente" e aparecia no site da fabricante de suplementos até a última segunda-feira (14), quando foi excluído. A publicação não foi compartilhada pelo prefeito em suas redes sociais. Procurado, Gleidson não respondeu.

Um dos sócios da empresa disse à coluna que a documentação para a regularização do produto está sendo organizada junto à terceirizada responsável e em breve será apresentada formalmente.

Sobre os vídeos e as frases prometendo emagrecimento, Carlos Eduardo Máximo Bernardo afirmou que eles foram "retirados temporariamente por precaução jurídica, enquanto os materiais estão sendo reavaliados e reorganizados após repercussão pública".

A deputada estadual Lohanna (PV), principal adversária da família Azevedo em Divinópolis, acionou o Ministério Público de Minas Gerais para investigar a conduta do prefeito.

A ação sugere que o vídeo foi gravado nas dependências da Prefeitura de Divinópolis, pois estão ao fundo os mastros das bandeiras do Brasil, de Minas Gerais e do município.

O ofício pede que a conduta do prefeito seja investigada e se há relação com a empresa responsável pelo produto.

A principal página do produto continha vídeos de pessoas recomendando o uso do suplemento e imagens de "antes e depois" daqueles que supostamente haviam ingerido o produto e perdido peso. O produto custava a partir de R$ 197 em um pote para 30 dias.

O site, porém, foi retirado do ar na segunda (14), após o youtuber Guga Figueiredo publicar um vídeo em que ele aponta indícios de que as pessoas que sugeriam o medicamento vendem esses tipos de depoimentos na internet. Ele também afirmou que as imagens de suposto emagrecimento foram copiadas de outros locais.

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