A legislação histórica de impostos e gastos de Donald Trump deu um passo mais perto de se tornar lei na terça-feira (1), depois que o Senado dos EUA encerrou dias de negociações e aprovou por margem estreita o chamado projeto "grande e bonito".
A aprovação do projeto pela câmara alta do Congresso agora deixa seu destino nas mãos da Câmara dos Representantes, onde ainda pode enfrentar oposição considerável.
O Senado aprovou a abrangente legislação depois que o vice-presidente J.D Vance foi forçado a dar o voto de desempate. Os senadores estavam divididos, 50-50, sobre a medida, com um número crítico de republicanos expressando preocupações sobre o tamanho e o escopo do projeto.
No final, todos os senadores republicanos, exceto três —Rand Paul do Kentucky, Thom Tillis da Carolina do Norte e Susan Collins do Maine— votaram a favor do projeto, enquanto todos os democratas do Senado votaram contra.
O "projeto grande e bonito" financiaria uma extensão dos amplos cortes de impostos introduzidos no primeiro mandato do presidente, reduzindo gastos com programas de saúde e bem-estar social.
Também aumentaria os gastos com militares e segurança de fronteira, além de eliminar impostos sobre gorjetas e horas extras.
Mas a legislação ainda enfrenta obstáculos significativos se quiser ser assinada como lei até o prazo auto-imposto por Trump de 4 de julho.
O presidente da Câmara dos Representantes, Mike Johnson, enfrentará um equilíbrio político delicado para garantir os votos necessários de seu partido republicano dividido e enviar a legislação ao presidente até o final da semana.
Embora uma versão anterior do projeto tenha sido aprovada na Câmara por apenas um voto em maio, vários membros da Câmara questionaram a versão do Senado. Os defensores da austeridade fiscal afirmaram que o projeto do Senado adiciona uma quantia insustentável à crescente dívida do governo.
Membros mais moderados da Câmara criticaram os cortes do projeto no Medicaid, que fornece assistência médica a americanos de baixa renda e com deficiência.
Folha Mercado
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Analistas independentes alertaram que a legislação aumentará os níveis de dívida já inchados do país, com o apartidário Escritório de Orçamento do Congresso estimando que a versão do Senado do projeto aumentaria o déficit em US$ 3,3 trilhões na próxima década.
Mas muitos republicanos criticaram o histórico do órgão fiscalizador, enquanto a Casa Branca argumenta que a legislação acabará por reduzir o déficit ao fomentar o crescimento.
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