Quem deseja ingressar no serviço público federal nas áreas de Justiça e defesa tem até o dia 20 de julho para se inscrever no CNU (Concurso Nacional Unificado), que está em sua segunda edição. Ao todo, são nove blocos com perfis distintos de atuação. As inscrições podem ser feitas no site da FGV Conhecimento, banca responsável pela organização da seleção.
O bloco 7 do concurso reúne 250 vagas para o cargo de analista técnico de Justiça e Defesa com lotação em diferentes ministérios. Para concorrer, é necessário ter diploma de graduação em qualquer curso reconhecido pelo MEC (Ministério da Educação).
A remuneração inicial é de R$ 9.711, para uma jornada de 40 horas semanais. Todas as vagas são para lotação em Brasília (DF).
O bloco agrupa cargos que atuam em atividades relacionadas ao planejamento, à implementação, ao monitoramento e à avaliação de políticas públicas nas áreas de justiça, defesa nacional e segurança.
Apesar do cargo ofertado não exigir formações específicas, espera-se atrair candidatos com formação em administração, ciências sociais, ciência de dados, direito, economia, estatística, gestão de políticas públicas, relações internacionais e áreas correlatas.
QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS FUNÇÕES DO CARGO DO BLOCO 7?
Eduardo Cambuy, professor do Gran Cursos, explica que o bloco 7 reúne uma das chamadas carreiras transversais do concurso, ou seja, cargos que podem ser exercidos em diferentes órgãos da administração pública. Por isso, haverá um controle de distribuição entre os candidatos aprovados, de acordo com as necessidades de cada instituição.
Segundo o professor, para esse cargo, é essencial conhecer temas como o Plano Nacional de Defesa, o Plano Nacional de Segurança, além de tratados e acordos internacionais na área. Apesar de estar vinculado à Justiça e à defesa, o foco não está em atividades de policiamento ostensivo, mas sim em funções administrativas relacionadas à segurança pública.
COMO A BANCA DEVE COBRAR OS CONTEÚDOS?
Cambuy explica que o cargo de analista técnico de Justiça e defesa é uma carreira nova, o que torna difícil prever com exatidão os conteúdos que serão cobrados na prova. Ainda assim, o professor acredita que o exame deve seguir uma linha semelhante à de concursos voltados às áreas de relações internacionais e segurança pública.
Em relação à banca organizadora, a FGV, a expectativa é que a maioria das questões tenha um caráter interpretativo. "Os candidatos devem se preparar para perguntas que envolvam conhecimentos gerais, aspectos amplos e uma boa compreensão de mundo dentro do universo de segurança e defesa", diz o especialista.
Sobre as pegadinhas, Cambuy chama atenção para possíveis trocas entre planos, programas e instituições. É comum, por exemplo, aparecerem questões que misturam o Plano Nacional de Segurança com competências de conselhos que não têm relação direta com o tema, por exemplo.
O QUE SÃO E QUAIS SÃO OS EIXOS TEMÁTICOS DO BLOCO 7?
No CNU, os conteúdos das provas são organizados por eixos temáticos, que reúnem competências comuns a diversos cargos. A distribuição e o peso desses eixos variam conforme a vaga. Por isso, é importante consultar o edital para saber quais eixos serão cobrados e o peso de cada um na vaga escolhida.
Os temas de cada eixo do bloco 7 são:
Eixo temático 1 - Gestão governamental e métodos aplicados: planejamento e gestão estratégica; contratações públicas; gestão de pessoas; métodos e pesquisa aplicada à gestão pública; entre outros.
Eixo temático 2 - Políticas de segurança e defesa (ambiente internacional e tecnologias emergentes): segurança internacional (conceitos e temas contemporâneos); segurança regional (debate na América Latina, conceitos e temas contemporâneos); organizações internacionais (conceitos, debates contemporâneos e normas vinculadas aos setores de segurança e defesa no Brasil); missões de paz das Nações Unidas e o Brasil nas missões de paz (tipologia e debates contemporâneos); entre outros.
Eixo temático 3 - Políticas de segurança e defesa (ambiente nacional e questões emergentes): defesa nacional (conceitos e temas contemporâneos); política externa e política de defesa (atribuições dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário); Forças Armadas brasileiras (missões constitucionais e subsidiárias); operações de garantia da lei e da ordem (tipologia e debates contemporâneos); logística em situações de crise (logística militar e logística humanitária); entre outros.
Eixo temático 4 - Políticas de segurança pública: federalismo e segurança pública; violência e criminalidade; prisões e população prisional; revisão externa das políticas de segurança pública (participação da sociedade civil, interação com organismos nacionais de controle e com organismos internacionais); entre outros.
Eixo temático 5 - Políticas de justiça e cidadania: acesso à Justiça (história, estratégia nacional para ampliação do acesso à justiça); migrações (legislação, integração social e laboral de migrantes, refugiados e apátridas no Brasil; enfrentamento ao tráfico de pessoas e ao contrabando de migrantes; combate à corrupção (recuperação de ativos; estratégia nacional de combate à corrupção e à lavagem de dinheiro (Enccla); política nacional sobre drogas; direito internacional humanitário; entre outros.
QUAIS SÃO AS VAGAS DO BLOCO 7?
*O salário pode variar conforme titulação: graduação, especialização, mestrado ou doutorado
Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos | Analista técnico de justiça e defesa | 9.711,00 | 250 |
VEJA O CALENDÁRIO DO CNU 2025
Inscrições | das 10h de 02/07/25 até 23h59 de 20/07/25 (pagamento até 21/07) |
Solicitação da isenção da taxa de inscrição | 02/07/2025 a 08/07/2025 |
Prova objetiva | 05/10/2025 |
Convocação para prova discursiva | 12/11/2025 |
Convocação (confirmação de cotas e PcD) | 12/11/2025 |
Envio de títulos | 13/11/2025 a 19/11/2025 |
Procedimentos de confirmação de cotas | 8/12/2025 a 17/12/2025 |
Prova discursiva para habilitados na 1ª fase | 07/12/25 |
Previsão de divulgação da primeira lista de classificação | 30/01/2026 |