Vereadores do grupo do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), tentam angariar votos para que a Câmara de São Paulo retorne às sessões plenárias no modelo híbrido, com a possibilidade de votações online.
Para viabilizar a mudança, a tendência é que um parlamentar apresente um projeto de resolução ou um substitutivo nesta sexta-feira (27), a última sessão antes do recesso de julho.
A coluna apurou que os vereadores Fábio Riva (MDB), líder de Nunes, e João Jorge (MDB) já possuem acordo com o presidente da Casa, Ricardo Teixeira (União), para pautar a discussão antes do recesso.
Os aliados do prefeito também estão otimistas com a tarefa de angariar, pelo menos, 28 votos favoráveis, a maioria simples.
A oposição entende que a votação presencial favorece a obstrução de projetos de lei e de resolução. Hoje, a votação online é uma opção apenas para projetos que tratam de datas comemorativas, honrarias e denominações de ruas.
"É inacreditável imaginar que ainda tem vereador que não compreende que não há mais espaço para votação online, a sociedade clama por respeito da Câmara", disse Alessandro Guedes (PT).
O modelo híbrido, adotado na pandemia, somente foi interrompido em março deste ano, em meio à negociação para que a Casa aprovasse o projeto de lei que permite mudar o nome da GCM (Guarda Civil Metropolitana) para Polícia Municipal.
Procurados pelo Painel, Riva, Jorge e Teixeira não responderam.