As exportações brasileiras movimentaram US$ 301,6 milhões no primeiro semestre deste ano, o melhor desempenho desde 2022. Segundo projeções da Apex, agência de promoção de exportações e empresas nacionais no exterior, a China despontou como maior parceiro comercial no período e, com o tarifaço de Donald Trump, tende a se consolidar na liderança.
O levantamento da Apex, que deverá ser enviado nesta terça (15) a empresários, mostra ainda que os investimentos chineses devem chegar a R$ 27 bilhões até 2032 em setores como mobilidade, energia renovável, tecnologia, mineração, semicondutores e até delivery e fast food.
Segundo a Apex, a China já é o principal parceiro comercial do Brasil, respondendo por 28% do valor total exportado e por 41,4% do superávit comercial do Brasil.
A tendência, diz o comunicado da agência, é que a China e outros destinos alternativos aos EUA, ganhem mais força caso o aumento das tarifas impostas sobre produtos brasileiros seja mantido.
Hoje, a China já concentra 75,6% do total exportado pelo Brasil no semestre e as maiores participações dessas vendas foram as das commodities agrícolas (33,4%), petróleo bruto (21,2%) e minério de ferro (21,1%).
Além das relações comerciais, a Apex aponta ainda o interesse de empresas chinesas em investir diretamente, estruturando negócios no Brasil.
A agência cita, por exemplo, a montadora chinesa GWM, que, recentemente, anunciou R$ 6 bilhões para expansão das suas operações no país.
Também menciona a Meituan, líder no mercado de entregas, que decidiu ingressar no delivery brasileiro com uma operação inicial de R$ 5 bilhões. A operação será realizada sob a marca Keeta, já usada em Hong Kong e Arábia Saudita. A empresa chinesa também planeja implementar uma central de operações no Nordeste.
Com Stéfanie Rigamonti