Economia dos EUA segue sólida, mas há preocupação com tarifas, diz Fed

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A economia americana continua sólida, mas agentes econômicos estão preocupados especialmente com as tarifas, cujo impacto nos preços começa a ser sentido, segundo o Beige Book (Livro Bege) do Federal Reserve (Fed), publicado nesta quarta-feira (16).

A pesquisa periódica do banco central americano, baseada em consultas com agentes econômicos e especialistas, mostra que "a atividade econômica progrediu levemente entre o fim de maio e o início de julho", em um contexto no qual "os preços aumentaram em todos os distritos".

"Cinco distritos [regiões cobertas pelo Fed] registraram um leve aumento em sua atividade, cinco mantiveram estabilidade e os dois restantes tiveram leve retração. Isso representa uma melhora em comparação com o relatório anterior", aponta o estudo.

Em todas as regiões monitoradas, os preços apresentaram tendência de alta, com "empresas enfrentando um aumento acentuado no custo dos insumos devido às tarifas, em particular matérias-primas e materiais de construção".

O presidente americano, Donald Trump, elevou de forma significativa as tarifas sobre os produtos que entram nos Estados Unidos, estabelecidas agora em no mínimo 10%, podendo chegar a até 40%, dependendo do país de origem.

Paralelamente, para proteger indústrias que considera essenciais para a segurança nacional, Trump impôs entre 25% e 50% de tarifas setoriais sobre aço e alumínio, assim como automóveis. Outros produtos, como farmacêuticos, cobre ou mesmo semicondutores, podem ser incluídos nessa lista.

Diante desse aumento dos impostos alfandegários, "muitas empresas repassaram ao menos parte dos custos induzidos para o consumidor, embora algumas tenham se abstido disso devido à sensibilidade de seus clientes à evolução dos preços", destacou a pesquisa.

O índice de preços ao consumidor (IPC) nos Estados Unidos subiu na medição de 12 meses encerrada em junho em comparação com maio, alcançando 2,7%. A meta do Federal Reserve é uma inflação anual de 2%.

Diante da persistência da inflação, o banco central manteve suas taxas de juros inalteradas desde o início do ano, o que provoca a ira de Trump, que ataca cada vez com mais frequência o presidente da instituição, Jerome Powell.

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