Os economistas ouvidos pelo Banco Central reduziram a previsão para o dólar e a inflação, e mantiveram as perspectivas para o PIB (Produto Interno Bruto) após o anúncio do presidente dos EUA, Donald Trump, da sobretaxa de 50% sobre todos os produtos brasileiros na última quarta-feira (9).
O levantamento coletou opiniões até sexta-feira (11) e não segue o que parte dos especialistas falou que o crescimento da economia brasileiro seria impactado com a tarifa. A XP, por exemplo, falou em redução de 0,5 ponto percentual.
Porém, o boletim Focus manteve a previsão do PIB deste ano em 2,23% assim como em 2027 e 2028 (ambos em 2%), e subiu em 2026 de 1,86% para 1,89%. O posicionamento segue a linha adotada pelo Ministério da Fazenda, que prevê impacto concentrado em setores específicos.
A expectativa para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) caiu pela sétima semana seguida, atingindo 5,17% contra 5,18% da semana passada. Apesar da queda, a previsão continua acima do teto da meta estipulado pelo Banco Central. O centro da meta oficial para a inflação é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
Na semana passada, a Fazenda também alterou sua expectativa para a inflação neste ano ao divulgar seu mais recente Boletim Macrofiscal, projetando que o IPCA fechará este ano com alta de 4,9%, ante avanço de 5% na projeção de maio. Para 2026, o ministério prevê que a inflação será de 3,6%, mesmo nível estimado antes.
A maior mudança foi a queda na previsão do dólar, que despencou de R$ 5,70 para R$ 5,65 neste ano. Os economistas também diminuíram para os próximos três anos: de R$ 5,75 para R$ 5,70 (em 2026); de R$ 5,75 para R$ 5,71 (em 2027) e de R$ 5,80 para 5,76 (em 2028).
Já a perspectiva para a Selic permanece a mesma para este ano, em 15%, e também para 2026 (12,5%), 2027 (10,5%) e 2028 (10%).
Folha Mercado
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