Único hotel dentro do parque das Cataratas do Iguaçu, o Belmonte servirá de palco para o leilão da ponte que liga o Brasil e a Argentina. Uma empresa argentina já entregou sua proposta e a previsão é de que outras três companhias ingressem na disputa.
O certame será o primeiro de doze. O Ministério dos Transportes quer leiloar todas as pontes que interligam o Brasil aos demais vizinhos.
A proposta é delegar não somente a operação viária —e a manutenção das vias— mas também a gestão aduaneira à iniciativa privada.
Como noticiou o Painel S.A., inicialmente, o governo brasileiro pretendia restringir o leilão da ponte internacional São Borja (PR) a empresas que fizessem as duas tarefas simultaneamente: gestão viária da ponte e o serviço de desembaraço aduaneiro.
O TCU (Tribunal de Contas da União) apontou problemas nessa formulação que, segundo o ministro Walton Alencar, restringiria a quantidade de participantes, ampliando o risco de direcionamento.
Após discussões junto à corte de contas que se estenderam desde janeiro deste ano, o governo conseguiu demonstrar que esse modelo seria o ideal.
Técnicos do ministério que acompanharam o processo afirmam que, pelo lado argentino da Comissão Mista Argentino-Brasileira (Comab), também havia resistência em permitir que um consórcio com experiência na gestão de rodovias pudesse subcontratar uma gestão aduaneira. A Comab é a responsável pela concessão.
Para ampliar o número de interessados, a saída foi reduzir o valor da outorga –que passa para US$ 5 milhões.
A expectativa é de que quatro grupos participem do certame. Para isso, a B3 transferiu-se para o hotel Belmonte, onde ocorrerá o leilão.
Com Stéfanie Rigamonti