A Executiva Nacional do PT aprovou nesta sexta-feira (4) uma resolução na qual pede aos filiados que não recorram à Justiça para participar da eleição aos diretórios do partido, que começa neste domingo (6), em medida que impactaria a disputa em Minas Gerais.
No documento, o partido afirma que a instância máxima do PT é o Diretório Nacional e que resoluções do órgão são de cumprimento obrigatório. A legenda continua e diz que "não prosperará a atitude de filiados que descumprem resoluções organizativas e buscam respaldo para isto em liminares emanadas de outras instâncias do Judiciário".
Segundo a resolução, o único efeito prático dessas liminares é "tumultuar o processo, uma vez que o Diretório Nacional do Partido recorrerá às instâncias máxima do Judiciário para restaurar um princípio que deveria ser óbvio para qualquer filiado petista, a saber: a instância máxima do Partido não é o Judiciário."
"Sendo assim, apelamos aos filiados que recorreram ao Judiciário, no intuito de participar do PED: respeitem nosso Estatuto, preservem o Partido", indica o texto. O PT afirma ainda que o Diretório Nacional do partido está aberto a reavaliar medidas que sejam consideradas injustas por filiados.
"Evidentemente, ao mesmo tempo estamos decididos a proteger o Partido, adotando as medidas previstas em nosso estatuto contra quem, na prática, mesmo com a melhor das intenções, adota medidas que ameaçam a integridade organizativa do PT", complementa.
Em Minas Gerais, a deputada Dandara entrou na justiça para participar da disputa pelo comando do diretório estadual, após ter a candidatura suspensa por uma dívida partidária de cerca de R$ 130 mil. A parlamentar afirma que tinha saldo para quitar o débito, mas o partido nega.
Neste sábado (5), ela obteve decisão judicial favorável, mas, após a resolução, aliados dizem não saber se a parlamentar conseguirá participar do processo eleitoral.