Filho do presidente Lula (PT), Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, está de mudança para a Espanha, onde trabalhará na área de tecnologia. Segundo aliados do mandatário, Lulinha está em Madri para organização de sua transferência para o país.
Ele informou a interlocutores que não pretende falar sobre seu futuro emprego. A ideia é atuar na iniciativa privada, sem vínculos com o setor público, e morar na capital da Espanha até o fim do atual mandato do pai, em 2026, na tentativa de desempenhar atividade profissional longe do ambiente de polarização no Brasil.
A informação sobre a mudança de Lulinha para a Espanha foi publicada no portal Metrópoles e confirmada pela Folha. Segundo relatos, o filho do presidente enfrentou dificuldades de obter colocação no Brasil em meio ao clima de conflagração política.
No Brasil, o filho do presidente tem sido alvo de boatos já desmentidos. Um deles dizia que Lulinha seria proprietário de fazendas destinadas à produção de gado e outro, também comprovadamente falso, que seria sócio de uma empresa internacional com investimentos na Petrobras que manipularia o preço do barril de petróleo.
O filho de Lula é formado em educação física e já atuou em marketing esportivo. Sua atuação em uma empresa serviços de jogos eletrônicos, mídia e tecnologia foi alvo de investigações.
Em 2022, o Tribunal Regional Federal da 3ª Região arquivou o inquérito que investigava o empresário por supostos repasses ilegais da Oi às empresas do grupo Gamecorp, ligada a Lulinha. As suspeitas envolviam transferências de R$ 132 milhões pela Oi e R$ 40 milhões pela Vivo, de 2004 a 2016, a empresas de Fábio Luís e de Jonas Suassuna —ambos foram sócios.
Ele foi investigado no âmbito da 69ª fase da Operação Lava Jato e o processo foi remetido à Justiça Federal de São Paulo. Antes da deflagração da fase, a Polícia Federal chegou a pedir a prisão de Fábio, o que foi negado pela 13ª Vara Federal de Curitiba.
A decisão pelo arquivamento levou em consideração julgamento do STF (Supremo Tribunal Federal) que anulou ações penais relacionadas à Lava Jato a partir do reconhecimento de parcialidade do ex-juiz Sergio Moro.