Uma juíza federal negou nesta quarta-feira (23) o pedido do Departamento de Justiça dos EUA para tornar públicos os depoimentos que fazem parte da investigação contra o financista Jeffrey Epstein, condenado por exploração sexual de menores, e que se suicidou em 2019 em uma prisão em Nova York.
A secretária de Justiça americana, Pam Bondi, havia oficializado o pedido do presidente Donald Trump na última sexta-feira. Sob pressão de apoiadores, o republicano ordenou a divulgação de "todo e qualquer depoimento [do caso] pertinente ao grande júri", devido ao que chamou de "quantidade ridícula de atenção dada a Jeffrey Epstein".
Em uma decisão de 12 páginas, no entanto, a juíza Robin L. Rosenberg afirmou que não poderia fazê-lo legalmente, de acordo com as diretrizes que regem o sigilo do grande júri —que é formado por um grupo de cidadãos que decide se há evidências suficientes para acusação formal de um crime— estabelecidas pelo Tribunal de Apelações dos EUA para o 11º Circuito, que inclui a Flórida.
Os juízes federais de Nova York que acompanham o pedido do Departamento de Justiça afirmaram que o órgão não havia "abordado adequadamente" os fatores sob os quais o material poderia ser divulgado.
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A ordem de Trump veio como resposta a uma onda de cobranças públicas da base trumpista pela divulgação completa dos arquivos da investigação, dos quais o FBI e o Departamento de Justiça têm posse. Na prática, o que Trump solicitou, no entanto, representa uma fatia de todos os documentos.
Este texto está em atualização.