O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, voltaram a falar em expulsar os palestinos da Faixa de Gaza, onde vivem há gerações, ao discutir o futuro do território, onde as Forças Armadas de Israel estão em guerra com o grupo terrorista Hamas.
"Estamos trabalhando com os EUA para encontrar países que possam dar aos palestinos um futuro melhor", disse Netanyahu, que visita seu principal aliado internacional em um momento que está sob pressão para negociar um cessar-fogo na guerra. Trump concordou com o plano, que, se executado, se trataria de limpeza étnica. "Temos tido grande cooperação com os países vizinhos", afirmou o presidente.
"O presidente quer que eles tenham escolha, opção. Se quiserem deixar Gaza, que possam", tentou ponderar Netanyahu. Mais cedo, a porta-voz da Casa Branca Karoline Leavitt também havia tentado moderar falas de Trump, dizendo que ele "nunca falou em tomar Gaza" —algo que o republicano disse em outra visita de Netanyahu aos EUA, em fevereiro.
Questionado pela imprensa sobre a solução de dois Estados para o conflito entre Israel e Palestina, que é, por enquanto, o objetivo oficial dos EUA na região, Trump disse: "não sei. Pergunte para Netanyahu".
Aproveitando a oportunidade, o premiê israelense repetiu argumentos que costuma utilizar contra a proposta. "Um Estado palestino seria apenas uma plataforma para destruir Israel", afirmou, acrescentando: "Os palestinos tinham um Estado em Gaza, o Estado do Hamas. E veja o que fizeram com ele. Não construíram para cima, construíram para baixo, túneis que utilizaram para matar nosso povo em 7 de Outubro".
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