O conselho de administração da Petrobras elegeu nesta sexta-feira (11) a engenheira Angélica Laureano para a diretoria executiva de Transição Energética e Sustentabilidade, que ficou vaga com a saída de Maurício Tolmasquim para ocupar vaga no conselho da Eletrobras.
Com a eleição, a diretoria da estatal passa a ser composta por cinco mulheres —uma delas a presidente da companhia, Magda Chambriard— e quatro homens. É a primeira na história da empresa vez que as mulheres são maioria.
Angélica é empregada da Petrobras há 37 anos e venceu disputa com William Nozaki, indicado por sindicatos, que chegou a ser apontado como favorito de Magda para a vaga. Ela exerce atualmente a presidência da TBG (Transportadora Brasileira do Gasoduto Bolívia-Brasil).
Além Angélica e de Magda, a diretoria da Petrobras tem as diretoras de Exploração e Produção, Sylvia Anjos, Engenharia, Tecnologia e Inovação, Renata Baruzzi, e Assuntos Corporativos, Clarice Coppetti.
"Estamos comprometidas em ampliar a participação feminina em todos os setores da Petrobras porque acreditamos que o ambiente de trabalho é mais saudável e produtivo quando há diversidade na equipe", disse Magda, em nota divulgada nesta sexta.
"Espero que possamos inspirar outras mulheres a almejarem posições de liderança, especialmente no setor de petróleo e gás, ainda majoritariamente masculino", completou.
Antes de assumir a TBG, Angélica atuou nas áreas de materiais, abastecimento, gás e energia, e exerceu a presidência da Gaspetro, ex-subsidiária da Petrobras responsável pela gestão de participação em 19 distribuidoras de gás natural em diversos estados do Brasil.
A diretoria de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras foi criada em abril de 2023, para concentrar ações da companhia em descarbonização e energias renováveis. Inclui também a área de gás e energia, antes com uma diretoria dedicada.
Tem recebido críticas por focar suas atenções mais em descarbonização das operações da estatal do que em energia limpa. Chegou a estudar investimentos em usinas eólicas e solares mas voltou atrás. Hoje, a estratégia renovável da estatal é focada em combustíveis líquidos com parcela de biocombustíveis e na busca por participação na produção de etanol.
"Seguiremos investindo fortemente em projetos de descarbonização, na produção de combustíveis mais sustentáveis e na diversificação de fontes de energia renovável. Como líderes na transição energética, reiteramos o compromisso de zerar nossas emissões operacionais, o net zero, até 2050", afirmou Angélica, na nota distribuída pela estatal.