O governo Lula (PT) prepara uma resposta à investigação comercial aberta pelo governo de Donald Trump contra o Brasil. Entre os objetivos do Planalto está reafirmar o caráter soberano do Pix, um dos alvos da apuração da Casa Branca que mira práticas brasileiras em áreas como comércio eletrônico e tecnologia, a pirataria e o desmatamento.
Na mesma carta em que anunciou um tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros, Trump já instruía o USTR (Escritório do Representante de Comércio dos EUA) a abrir um procedimento contra o Brasil com base na chamada seção 301. O regulamento autoriza o governo dos EUA a retaliar qualquer país que adote práticas vistas como injustificadas que penalizem o comércio americano.
Os EUA já usaram o mecanismo no passado, em atritos comerciais com União Europeia, Índia e China. O Brasil também foi alvo da Seção 301, nos anos 1980 e 1990, por regras de proteção para indústrias informática e farmacêutica. Nesta quarta-feira (16), o governo Lula criticou os motivos alegados para a investigação, mas disse seguir disposto a dialogar.
O Café da Manhã desta quinta-feira (17) explica a investigação comercial que Trump abriu contra o Brasil. O consultor em comércio internacional Welber Barral, secretário de Comércio Exterior do governo brasileiro de 2007 a 2011, conta o que pode acontecer agora e analisa os efeitos desse estágio da guerra tarifária.
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelos jornalistas Gustavo Simon e Magê Flores, com produção de Gustavo Luiz e Laura Lewer. A edição de som é de Thomé Granemann.
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