Taiwan mobiliza população em treinamento para ataque aéreo da China

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Sirenes soaram, ruas ficaram desertas e moradores foram orientados a permanecer dentro de casa na capital de Taiwan, Taipé, nesta quinta‑feira (17), durante um exercício anual de ataque aéreo que visa preparar a população para um eventual bombardeio de mísseis da China.

As autoridades organizam todos os anos os exercícios para a população civil, além de manobras militares, para preparar a ilha para uma possível invasão chinesa. Taiwan tem governo próprio, mas a China diz que a ilha faz parte de seu território e não descarta utilizar a força para reconquistá-la.

Os alarmes soaram às 13h30 (2h30 de Brasília), dando início a um exercício obrigatório de retirada que, por 30 minutos, praticamente paralisou cidades e vilarejos em todo o norte de Taiwan.

Uma mensagem de texto enviada pelo Ministério da Defesa ordenou que as pessoas buscassem abrigo imediatamente:

"Exercício de Defesa Aérea. Ataque de mísseis. Procure abrigo imediato", dizia o texto em chinês e em inglês, acompanhado de um alarme estridente.

Neste mês, as autoridades taiwanesas atualizaram as instruções sobre o que a população deve fazer quando soarem alertas de ataque aéreo, incluindo orientações para quem não conseguir chegar a um abrigo a tempo ou estiver dirigindo.

Desde que assumiu o cargo no ano passado, o presidente taiwanês Lai Ching-te alerta a população sobre a ameaça da China.

O exercício militar tem a participação das tropas e de 22 mil reservistas, o maior número de militares mobilizados nas manobras, que acontecem desde 1984.

O governo chinês tem aumentado a pressão militar nos últimos cinco anos, realizando quase diariamente voos de caças nos arredores de Taiwan.

Nas últimas 24 horas, foram detectadas 58 aeronaves militares chinesas, incluindo caças, em torno da ilha, segundo o Ministério da Defesa de Taiwan; 45 delas cruzaram a linha mediana do Estreito de Taiwan, considerada um limite não oficial.

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