Tarcísio seguirá com plano de redução de tarifaço dos EUA

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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), decidiu levar adiante a defesa dos interesses dos exportadores do estado e, com isso, enfrentar o clã Bolsonaro.

Em entrevista à Folha, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou que Tarcísio errou ao tentar negociar uma saída para as tarifas de 50% com a embaixada dos EUA. O filho do ex-presidente afirmou ter feito pressão por retaliações tarifárias ao Brasil nos EUA e que só voltará ao país se o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), sofrer sanções dos EUA.

Aliados de Tarcísio afirmam que a divergência abriu um racha político e levou o governador a cogitar não migrar para o PL —partido ligado a Bolsonaro—, permanecendo no Republicanos se Eduardo não desistir dessa estratégia. Consultado, Tarcísio negou.

Nos bastidores, no entanto, assessores do governador afirmam que ele está determinado e seguirá com o plano de operar pela redução das tarifas.

Caso a sobretaxa de 50% passe a valer, São Paulo será o estado mais prejudicado do país. A Embraer e produtores de laranja, por exemplo, serão muito afetados.

Em 2024, o estado exportou quase US$ 13,6 bilhões aos EUA, o que representa 33,6% do total do exportado ao país pelo Brasil.

O governador levará para representantes dos EUA dados dos setores para ajudar a diplomacia brasileira.
Ainda segundo os relatos, Tarcísio tem como exemplo o Canadá, onde as províncias ajudam o governo central.

Politicamente, isso coloca o governador em rota de colisão com Bolsonaro. Internamente, esse movimento vem sendo avaliado como uma sinalização de que Tarcísio não quer ser candidato à Presidência da República.

O assunto, no entanto, é algo que o governador se recusa a comentar.

Com Stéfanie Rigamonti

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