O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quinta-feira (17) que solicitou à secretária de Justiça do país, Pam Bondi, que divulgue todo e qualquer depoimento de júri do caso Jeffrey Epstein, sujeito à aprovação do tribunal.
Momentos depois da publicação de Trump na Truth Social, que justificou a ação pela "quantidade ridícula de atenção dada a Jeffrey Epstein", a secretária respondeu que a equipe está "pronta para solicitar ao tribunal amanhã a divulgação das transcrições do Grande Júri".
A decisão do republicano é parte do que seus apoiadores tem pedido na última semana, em que o presidente enfrenta pressão para a divulgação completa dos arquivos do caso. Grupos republicanos exigem que o Departamento de Justiça esclareça o conteúdo dos documentos e identifique possíveis envolvidos que ainda não teriam sido expostos publicamente.
Na publicação desta quinta, Trump voltou a reafirmar a acusação de que a situação é inflada e fraudada pelo Partido Democrata. "Este GOLPE, perpetuado pelos democratas, deve acabar agora mesmo!", escreveu.
O presidente já havia contrariado seus apoiadores na última quarta ao defender que a existência de tais arquivos —uma obsessão da base trumpista há anos— é uma fraude inventada pelos democratas e que quem acredita nela é um ex-apoiador.
"Essas fraudes e farsas são a única coisa na qual os democratas são bons", escreveu. "Eles não sabem governar, não tem boas políticas, não sabem escolher candidatos que vencem. O novo golpe deles é o que para sempre chamaremos de farsa Jeffrey Epstein, e meus ex-apoiadores mergulharam de cabeça nessa bobagem."
Ainda se referindo aos trumpistas que pressionam o governo sobre o caso, o republicano disse que eles "não aprenderam a lição, e provavelmente nunca aprenderão, mesmo tendo sido enganados pela esquerda lunática por oito longos anos".
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A declaração foi mal recebida mesmo na Truth Social, rede de Trump. Em comentário na publicação do presidente, usuários acusaram o republicano de quebrar promessas de campanha —em 2024, o então candidato disse que publicaria arquivos relacionados a Epstein— e sugeriram que o controle do Partido Republicano do Legislativo poderia estar em perigo em 2026, quando ocorrem as eleições de meio de mandato.
Epstein foi acusado pela primeira vez em 2006 por abuso sexual. Foi preso novamente em 2019 por tráfico de menores e morreu na prisão de Nova York. As autoridades afirmam que ele cometeu suicídio.