Uma proposta idealista e romântica sobre o uso da expressão 'mata-mata'

1 mês atrás 11

Falta ainda a terceira rodada da fase de grupos da Copa do Mundo de Clubes para definir se os quatro brasileiros passarão para as oitavas de final.

Tudo indica que sim. O Flamengo, que já está garantido em primeiro lugar, vai fechar sua participação na primeira fase contra o Los Angeles, na terça-feira (24), às 22h.

Basta ao Botafogo um empate para também assegurar a liderança, mas em partida complicada, contra o Atlético de Madrid, nesta segunda (23), às 16h.

Ambos os dois brasileiros, como diria Luís de Camões, podem fechar com 100% de aproveitamento, mesmo sem precisar.

A igualdade com o Inter Miami do gênio Lionel Messi também garante o Palmeiras na liderança, jogo igualmente na segunda, às 22h.

Finalmente, basta ao Fluminense um empate com os sul-africanos do Mamelodi, na quarta (25), às 16h, para avançar, ao menos em segundo.

Motivos há de sobra para acreditar na classificação dos quatro e nos primeiros lugares.

Daí vêm as fases consagradas há décadas como as dos mata-mata.

A rara leitora e o raro leitor devem ter percebido que há anos aqui não se fala de artilheiros, mas sim de goleadores, como se substituiu duelo por embate, e rebaixamento deixou de ser sinônimo de morte, por mais triste que seja.

Chute forte é chute ou arremate forte, não canhão, e tirambaço é chutaço, porque em futebol, como na vida, tiros são mal-vindos, e esporte e guerra estão longe de ser iguais.

Politicamente correto? Ingenuidade? Idealismo tolo, romantismo ultrapassado? Pode ser, pode ser, pode ser.

No mundo estúpido do genocídio de palestinos, da destruição da Faixa de Gaza, da invasão da Ucrânia, da provocação irresponsável de Israel e Estados Unidos no Irã dos fundamentalistas aiatolás, tão enlouquecidos como os terroristas do Hamas, Binyamin Netanyahu, Donald Trump e Vladimir Putin, o que a mídia puder fazer para pacificar ao menos o vocabulário deve fazer.

A inteligência artificial foi incapaz de sugerir substituto à altura para mata-mata.

Será que dá para usar ganha-ganha, vencer ou vencer?

Ajude o pobre colunista em crise de criatividade.

Enquanto a ajuda não chega, e prometo abrir exceção e ler os comentários, só espero que nenhum dos quatro times brasileiros escolha adversário na próxima fase.

Por exemplo: caso o Palmeiras termine em primeiro lugar, terá enormes chances de pegar, como segundo colocado, o PSG —e, se acabar em segundo, de enfrentar Botafogo ou Atlético de Madrid.
Vale a pena escolher? Entregar o jogo e correr o risco de perder o lugar para o Porto?

Definitivamente, não!

Seja chamada como for, e sem ilusão sobre a aposentadoria de mata-mata, a próxima fase deve ser disputada sem espertezas, que, quando demasiadas, engolem os espertos.

E O REAL, HEIN?

Com dez desde os dez minutos, com tudo para alimentar teorias da conspiração a favor do desinteresse dos europeus, com Courtois milagroso, o Real Madrid, provocado pela torcida mexicana do Pachuca ao som de olé, enfiou 3 a 1 nele sob 33º C e sensação térmica de 36º C. Que timaço!

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