Nesta quarta-feira (9), feriado no estado de São Paulo, é lembrado o 93º aniversário da Revolução Constitucionalista de 1932 —movimento armado que exigia uma nova Constituição para o Brasil. Tema recorrente em vestibulares, o conflito costuma ser abordado sob diferentes enfoques nas principais seleções de acesso ao ensino superior.
A Revolução Constitucionalista nasceu do descontentamento com o governo provisório de Getúlio Vargas, instaurado após a Revolução de 1930. Sem Congresso, partidos ou uma Constituição vigente, o poder ficou centralizado no Executivo, e interventores escolhidos por Vargas substituíram os governadores estaduais, o que feriu a autonomia de São Paulo.
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A tensão se agravou em 23 de maio de 1932, quando quatro estudantes foram mortos durante uma manifestação contrária ao governo. Seus sobrenomes —Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo— formaram a sigla MMDC, símbolo do levante que começou oficialmente em 9 de julho, com o início do confronto armado.
Durante quase quatro meses, tropas paulistas enfrentaram as forças federais em batalhas intensas no Vale do Paraíba e no sul de Minas. Apesar da mobilização da sociedade, que incluiu doações de ouro e conversão de fábricas em arsenal bélico, os paulistas acabaram derrotados militarmente no início de outubro.
A rendição, no entanto, não impediu que os objetivos políticos fossem parcialmente alcançados. Em 1933, Vargas convocou a Assembleia Nacional Constituinte, e a nova Constituição foi promulgada no ano seguinte. Desde 1997, o dia 9 de julho é feriado estadual em São Paulo e marca uma das datas mais lembradas da história paulista.
Para ajudar vestibulandos a se prepararem, a Folha selecionou três questões que já caíram em provas. Tente resolver e veja se você domina o tema.
Cartaz da Revolução Constitucionalista. Disponível em: http://veja.abril.com.br. Acesso em: 29 jun. 2012.
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