Alianças com marcas chinesas fortalecem eletrificação de montadoras instaladas no Brasil

10 horas atrás 2

Nas últimas semanas, General Motors e Stellantis anunciaram os passos mais robustos de suas estratégias para modelos 100% elétricos no mercado brasileiro.

Em ambos os casos, os novos produtos são importados da China e têm a possibilidade de nacionalização, embora sejam suficientemente rentáveis mesmo diante de barreiras tributárias. Não se trata, portanto, de apenas um paliativo diante do avanço de marcas como BYD, GWM e GAC.

Desde o início dos anos 1990, as montadoras com fábricas no Brasil sempre tiveram parte de seu portfólio composto por modelos trazidos de diferentes países, com ou sem acordos comerciais vigentes. Com a transição energética e a queda abrupta dos preços dos veículos elétricos no mercado chinês, surgem oportunidades.

Da mesma forma como BYD e GWM precisam exportar seus carros, as aliadas e subsidiárias de marcas tradicionais têm a necessidade de cruzar fronteiras para contornar o excesso de oferta em seu mercado de origem. O Brasil é um destino interessante, com demanda crescente por modelos a bateria de menor custo.

Em 2024, aproximadamente 45 mil veículos zero-quilômetro puramente elétricos com preço inferior a R$ 250 mil foram comercializados no Brasil, segundo dados da Fenabrave (associação que reúne os revendedores). No primeiro semestre deste ano, foram cerca de 25 mil unidades.

As fabricantes que agora trazem modelos chineses a bateria não são competitivas com suas opções ocidentais. A GM, por exemplo, ofereceu o SUV Chevrolet Bolt EUV por R$ 279.990 em 2023. Produzido nos Estados Unidos, estava prestes a sair de linha, e raras unidades chegaram ao Brasil.

A empresa retorna agora ao segmento de utilitários compactos elétricos com o Spark EUV, anunciado por R$ 159.990. Na China, o preço inicial do modelo —montado e comercializado pela subsidiária Wuling com o nome original Yep Plus— equivale a, aproximadamente, R$ 75 mil.

No grupo Stellantis, a solução virá da Leapmotor. Espera-se que o chinês C10, um SUV médio a bateria, custe menos que os R$ 239.990 pedidos pelo diminuto Fiat 500e em 2021.

Uma das versões disponíveis terá um motor a combustão que funciona apenas com um gerador. Sua função será alimentar as baterias para prolongar a autonomia durante viagens, reduzindo o risco de ficar sem energia por falta de infraestrutura de recarga.

Na Renault, a solução está na parceria com a Geely. O grupo francês, que é parceiro global da montadora chinesa, vai cuidar da logística e da rede concessionária. O primeiro modelo distribuído será o utilitário a bateria EX5, que chega às lojas nas próximas semanas.

LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar sete acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

Read Entire Article