São Paulo Em maio, a Honda revelou que o lançamento da nova geração do SUV compacto WR-V será em novembro. Agora, a conterrânea Toyota confirma que o início das vendas do Yaris Cross ocorrerá no mesmo mês. Não há coincidência na indústria automotiva.
Além de serem futuros concorrentes diretos entre os SUVs compactos, os modelos de origem japonesa têm um ponto em comum: chegarão para ocupar o topo das vendas de suas marcas. O motivo está no sucesso do segmento, que está se consolidando como o maior do mercado nacional na atualidade.
Há também o fator preço. Ambos serão posicionados em uma faixa de valores que deve ir de R$ 130 mil a R$ 170 mil, bem no centro do segmento.
O Yaris Cross tem uma vantagem competitiva, já que desde o lançamento terá opções com motorização 1.5 híbrida flex. Com as novas regras para definição do IPI (Imposto Sobre Produtos Industrializados) baseadas na eficiência energética, esse modelo deverá se enquadrar em uma alíquota mais baixa.
O sistema será do tipo pleno, em que a bateria é pequena e recarregada nas frenagens. O Toyota será capaz de rodar por poucos quilômetros no modo elétrico, como já ocorre com a linha Corolla Hybrid. A potência combinada deve se aproximar dos 120 cv.
Já o WR-V estreia com o mesmo motor 1.5 flex (126 cv) nas versões EX e EXL. É provável que uma opção Touring seja lançada posteriormente com motorização que combine gasolina, etanol e eletricidade.
Tanto o SUV compacto da Honda quanto o da Toyota terão 4,31 m de comprimento, segundo as fichas técnicas divulgadas em mercados que já receberam esses modelos. Ambos se destacam pelo bom aproveitamento do espaço na cabine.
O WR-V será produzido em Itirapina, que fica a 170 km da linha de montagem do Yaris Cross, em Sorocaba. Ambas as cidades ficam no interior de São Paulo. As duas plantas têm recebido aportes das montadoras.
A Honda está investindo R$ 4,2 bilhões na sua fábrica. O ciclo teve início em 2024 e será concluído até 2030. Já a Toyota passa por uma rodada de R$ 11 bilhões anunciada em março, valor que contempla a construção de uma nova unidade fabril anexa à atual. A antiga instalação de Indaiatuba, também no interior de São Paulo, está sendo desativada.