A economia da China cresceu 5,2% no segundo trimestre em comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados divulgados nesta terça-feira (15) vieram acima das projeções do mercado financeiro. O crescimento, em meio à guerra tarifária de Donald Trump, é efeito sobretudo da produção industrial.
O bom resultado coincide com a expansão da presença chinesa e da melhora da percepção sobre o país no mundo. Um relatório da Comissão de Relações Exteriores do Senado dos Estados Unidos divulgado na segunda-feira (14) afirmou que Pequim está cada vez mais influente, em um momento de cortes da Casa Branca no Departamento de Estado e em agências americanas de ajuda externa.
A potência asiática também tem conquistado mercados, inclusive na América Latina. No Brasil, 26% das importações já vêm da China, com crescimento da participação em mercados como o de automóveis —como comparação, as importações brasileiras vindas dos Estados Unidos são 16%.
O Café da Manhã desta quarta-feira (16) discute a posição da China no tarifaço de Trump e a presença chinesa na economia brasileira. O cientista político Maurício Santoro, colaborador do Centro de Estudos Estratégicos da Marinha e pesquisador do país asiático, trata dos espaços que Pequim consegue ocupar e analisa como a geopolítica atual posiciona o regime.
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelos jornalistas Gabriela Mayer e Gustavo Simon, com produção de Gustavo Luiz e Lucas Monteiro. A edição de som é de Thomé Granemann.