União Europeia anuncia acordo com Israel para distribuição de ajuda humanitária em Gaza

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A União Europeia anunciou nesta quinta-feira (10) que chegou a um acordo com Israel para expandir a distribuição de ajuda humanitária "diretamente à população" na Faixa de Gaza.

"Este acordo significa mais travessias abertas e mais caminhões com ajuda e alimentos entrando em Gaza", disse a chefe da diplomacia da UE, Kaja Kallas, em uma publicação no X. Em sua mensagem, Kallas acrescentou que a UE "conta com Israel para implementar cada uma das medidas acordadas".

Em um comunicado, o serviço diplomático da UE informou que as providências do acordo "são ou serão implementadas nos próximos dias". O texto inclui um "aumento substancial no tráfego diário de caminhões com alimentos e itens não alimentícios entrando em Gaza, e a abertura de vários outros pontos de travessia".

Inclui também a permissão para a "distribuição de alimentos por padarias e cozinhas públicas em toda a Faixa de Gaza", assim como a retomada do fornecimento de combustível para uso em instalações humanitárias.

A Europa afirma estar pronta para "coordenar com as partes interessadas humanitárias relevantes, agências da ONU e ONGs no terreno para garantir a rápida implementação dessas medidas urgentes". Nesta quinta, a Defesa Civil de Gaza declarou que pelo menos 52 pessoas —incluindo três que aguardavam para receber ajuda humanitária— morreram em ataques do exército de Israel.

O grupo Hamas alertou que não não considera possível haver trégua enquanto Israel prosseguir com uma presença militar significativa em Gaza. As negociações de cessar-fogo continuam em Doha pelo quinto dia consecutivo, com mediadores dos Estados Unidos, Qatar e Egito.

Um funcionário de alto escalão do Hamas, Basem Naim, disse à agência de notícias AFP nesta quinta que sua organização está comprometida com as negociações para encerrar a guerra "o mais rápido possível". No entanto, ele insistiu que as tropas israelenses posicionadas devem se retirar do território palestino.

"Não podemos aceitar a perpetuação da ocupação de nossas terras, nem a rendição de nosso povo em enclaves isolados sob o controle do exército de ocupação israelense", declarou. "É isso que a delegação negociadora está apresentando" ao lado israelense em Doha, afirmou.

Na quarta-feira à noite, para "garantir o sucesso dos esforços atuais", o Hamas anunciou a disposição de libertar 10 reféns. Antes, na terça, o enviado dos EUA para o Oriente Médio, Steve Witkoff, afirmou que o rascunho do acordo de trégua prevê um cessar-fogo de 60 dias e a devolução de 10 reféns vivos e nove mortos.

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Apesar do otimismo declarado por várias autoridades israelenses, o grupo palestino enfatizou que as "questões centrais" ainda estavam em negociação, "em primeiro lugar, a chegada de ajuda" ao território sitiado por Israel, assim como a retirada das tropas israelenses e "garantias de um cessar-fogo permanente".

Enquanto isso, o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, enfatizou que os objetivos de Israel são a libertação de "todos" os reféns —vivos e mortos— e a "eliminação das capacidades militares e governamentais do Hamas".

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