A marca Mini mudou de perfil há 25 anos, quando a alemã BMW apresentou o primeiro compacto inglês construído sob seus domínios. Os outrora diminutos carrinhos começaram a crescer e a ficar mais caros.
No momento, o ponto mais alto dessa estratégia é a geração atual do SUV Countryman. Com 4,44 m de comprimento, soa estranho chamá-lo de Mini. Está mais para Maxi.
O modelo é 2 cm maior que a geração atual do concorrente Mercedes GLA e 5 cm menor que o BMW X1, com quem divide a plataforma UKL2 e muito mais.
Motores, câmbios e sistemas de tração são os mesmos usados no modelo da marca alemã. A distância entre os eixos também é igual: 2,69 m, o que garante espaço de sobra para os ocupantes que viajam no banco traseiro.
O Countryman chegou para o teste Folha Mauá na versão esportiva JCW (John Cooper Works) ALL4, equipada com motor 2.0 turbo a gasolina (317 cv) e com preço sugerido de R$ 410.990. Seu equivalente na linha BMW é o X2 M35i, seu outro irmão de plataforma. A potência é a mesma, mas o preço, não. O modelo da marca alemã custa R$ 533.950.
O teto e os retrovisores do Mini JCW foram pintados de vermelho, contrastando com a carroceria cinza. Por dentro, a forração do painel frontal traz luzes embutidas. No meio de tudo há um enorme mostrador circular, que concentra as informações do carro e da central multimídia.
Embora a marca inglesa utilize mostradores redondos desde sempre, as telas planas da linha BMW são mais amigáveis.
O pacote de segurança traz sensor de frenagem, assistente de manutenção em faixa, detectores de pontos cegos e seis airbags.
MINI JCW COUNTRYMAN ALL4
Preço: R$ 410.990 (julho/2025)
Motor: dianteiro, turbo, 1.998 cm³, gasolina
Potência: 317 cv a 5.750 rpm
Torque: 40,8 kgfm a 2.000 rpm
Transmissão: tração integral, câmbio automático de dupla embreagem e sete marchas
Pneus: 245/40 R20
Peso: 1.660 kg
Porta-malas: 505 litros
Comprimento: 4,44 m
Largura: 1,84 m
Altura: 1,66 m
Entre-eixos: 2,69 m
Capacidade do tanque: 54 litros
Aceleração (0 a 100 km/h, em segundos): 6,6
Retomada (80 km/h a 120 km/h, em segundos): 3,5
Consumo urbano (km/l): 9,2
Consumo rodoviário (km/l): 16,9
Autonomia urbana: 497 km
Autonomia rodoviária (a 90 km/h): 913 km
Dados sobre preço, potência, dimensões e capacidades são de responsabilidade das montadoras; números de consumo e desempenho foram aferidos pelo Instituto Mauá de Tecnologia
A firmeza da suspensão é característica da linha Mini. O conjunto é ótimo na estrada, contribuindo para a estabilidade. Na cidade, os ocupantes do Countryman JCW irão sentir mais os buracos.
A posição ao volante é muito boa, e o banco do motorista tem ajustes elétricos e memória. O teto alto faz o espaço parecer ainda maior, bem diferente daquele microcarro apresentado em 1959.
Projetado pelo engenheiro Alec Issigonis (1906-1988), o primeiro Morris Mini da British Motor Corporation tinha pouco mais de três metros de comprimento. Não demorou para que seu potencial para as pistas fosse percebido pelo preparador John Cooper (1923-2000), que iniciou o trabalho em parceria com a marca no início da década de 1960.
Desde então, o sobrenome Cooper virou a identidade das versões esportivas da linha inglesa, algo mais uma vez comprovado pelas medições feitas pelo Instituto Mauá de Tecnologia.
O Countryman JCW precisou de 6,6 s para ir do zero aos 100 km/h, de acordo com o teste realizado na pista da ZF, em Limeira (interior de São Paulo). Já a prova de retomada de 80 km/h a 120 km/h foi realizada em 3,5 s.
Os números de consumo também foram satisfatórios, com destaque para a média de 16,9 km/l em uso rodoviário, a uma velocidade constante de 90 km/h.
Além da opção esportiva, o Mini Countryman é vendido com motorização elétrica (a partir de R$ 340.990), que tem a missão de atrair consumidores em meio a tantos SUVs a bateria com preço mais baixos. A concorrência atual é bem mais acirrada do que nos tempos do Mini de Alec Issigonis.